• Home/
  • Notícias/
  • Economia/
  • Ministério da Fazenda diz que juros elevados e menor liquidez externa geraram desaceleração do PIB em 2022
Economia

Ministério da Fazenda diz que juros elevados e menor liquidez externa geraram desaceleração do PIB em 2022

As conclusões da SPE foram divulgadas em nota nesta quinta-feira (2)

Por Da Redação
Ás

Ministério da Fazenda diz que juros elevados e menor liquidez externa geraram desaceleração do PIB em 2022

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

De acordo com a Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, “a reduzida liquidez no ambiente externo” e o “ciclo contracionista da política monetária” contribuíram para a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022. As conclusões da SPE foram divulgadas em nota nesta quinta-feira (2).

A SPE afirma que “o aumento dos juros somado à inadimplência crescente dificultou a tomada de crédito e os investimentos produtivos, levando à retração da atividade industrial e da FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo)”.

Na atualidade, a taxa básica de juros do Brasil está em 13,75% ao ano. A Selic é definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, que se reúne a cada 45 dias para deliberar sobre o percentual do juro básico no país.

O aumento da taxa de juros por parte do Banco Central tem como objetivo reduzir o consumo e consequentemente a demanda por bens e serviços, com forma de levar a inflação para dentro da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). A meta de inflação para 2023 é de 3,25%.

Uma redução no consumo da população gera menos faturamento para os setores produtivos, acarretando uma retração econômica, que é refletida no PIB do país. Segundo o IBGE divulgou nesta quinta-feira (2), o Brasil cresceu 2,9% em 2022, mas registrou uma retração de 0,2% no crescimento no quarto trimestre do ano passado.

Para 2023, a secretaria projeta que o aumento da “rigidez da política monetária a nível mundial” e a piora das “condições de crédito bancário e não-bancário decorrente das altas taxas de juros domésticas” podem dificultar o crescimento econômico do Brasil.

A Fazenda afirma que entre os países do G20 que já divulgaram o resultado do PIB do quarto trimestre de 2022, o Brasil apresentou o segundo pior desempenho na comparação trimestral, ficando atrás apenas da Coreia do Sul.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário