Ministério do Trabalho reconhece que novos contratados ganham cada vez menos
Governo havia anunciado dados positivos sobre a criação de 313.902 postos de trabalho com carteira assinada em setembro
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Em entrevista coletiva nesta terça-feira (26), o Ministério do Trabalho reconheceu que os novos contratados ganham cada vez menos. O governo havia anunciado também nesta terça (26) dados positovos sobre a criação de 313.902 postos de trabalho com carteira assinada em setembro.
O salário médio de admissão no território nacional vem caindo desde abril de 2021, quando era de R$ 1.943,59. Desde então, ao mesmo tempo em que o gráfico da inflação sobe vertiginosamente, os valores pagos ficam cada vez mais esquálidos, fechando setembro em R$ 1.795,46.
Em comparação com agosto, houve redução de R$ 18,11 (ou cerca de 1%) no salário médio de R$ 1.813,57.
Em cinco meses o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou queda de 9,2% nos rendimentos dos trabalhadores recém-contratados, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação, acumulou 7,15% de elevação.
Para trazer o drama para o nosso cotidiano, nesses cinco meses, o brasileiro perdeu a capacidade de colocar 74 litros do combustível no tanque de seu veículo.
Em abril de 2021, um trabalhador que ganhava o salário de R$ 1.943,59 colocava 356 litros do combustível no tanque. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), R$ 5,753 era o preço médio nas bombas dos postos brasileiros. Com a gasolina a R$ 6,361, no último levantamento da ANP, relativo à semana passada, e o rendimento de R$ 1.795,46, colocam-se 282 litros, 23% menos.
Para o secretário de Trabalho do ministério, Luis Felipe Batista de Oliveira, a queda de 1% nos rendimentos dos novos contratados pode ser explicada pelo fato de que as pessoas com pouca qualificação que perderam o emprego no início da pandemia de Covd-19 começaram a voltar ao mercado, e são trabalhadores que tradicionalmente ganham menos.
