Ministério Público do Trabalho pede afastamento de Sérgio Camargo por perseguição político-ideológica
Presidente da Fundação Palmares diz que " MPT não tem autoridade para investigar servidores"

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com um pedido na Justiça para afastar o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. Ele é acusado de assédio moral, perseguição político-ideológica e assédio moral. A ação foi protocolada na última sexta-feira (27) perante a 21ª Vara do Trabalho de Brasília e pede que Camargo seja condenado a pagar indenização de R$ 200 mil por danos morais.
Além disso, a Procuradoria requer que a Fundação Palmares “não permita, submeta ou tolere a exposição de trabalhadores a atos de assédio moral praticado por qualquer de seus gestores'' e cobra um diagnóstico do meio ambiente psicossocial do trabalho.
As investigações que culminaram no processo duraram mais de um ano, com a oitiva de 16 pessoas, entre ex-funcionários, servidores públicos concursados, comissionados e empregados terceirizados do órgão. De acordo com a Procuradoria do trabalho, as apurações Sérgio Camargo persegue os trabalhadores que ele classifica como "esquerdistas'', promovendo um “clima de terror psicológico” dentro da Instituição.
De acordo com o procurador Paulo Neto, responsável pelo caso, “os depoimentos são uníssonos, comprovando, de forma cabal, as situações de medo, tensão e estresse vividas pelos funcionários da Fundação diante da conduta reprovável de perseguição por convicção política praticada por seu Presidente e do tratamento hostil dispensado por ele aos seus subordinados”.
Camargo reagiu à denúncia na manhã desta segunda-feira (30), nas redes sociais, e disse que “o MPT não tem autoridade para investigar servidores ou pessoas em cargos comissionados”. Disse ainda que as “acusações partiram de militantes vitimistas e traíras”.