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Ministério Público Eleitoral defende inelegibilidade de Bolsonaro por abuso de poder

Manifestação ao TSE aponta desvio de finalidade em comemorações do Bicentenário

Por Da Redação
Ás

Ministério Público Eleitoral defende inelegibilidade de Bolsonaro por abuso de poder

Foto: Alan Santos/PR

O Ministério Público Eleitoral apresentou uma manifestação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) defendendo a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), fundamentada em acusações de abuso de poder político e econômico. A ação está vinculada às investigações das condutas de Bolsonaro e do ex-ministro Walter Braga Netto durante as celebrações do Bicentenário da Independência no ano passado.

Os processos em questão centram-se na suposta utilização indevida das festividades do Bicentenário, que, alegadamente, foram planejadas para impulsionar a campanha eleitoral do então candidato à reeleição presidencial e seu vice na chapa. São acusados de empregar recursos públicos, incluindo verbas destinadas aos desfiles e transmissões oficiais, com o propósito de angariar votos e influenciar os eleitores a seu favor no primeiro turno das eleições. Em uma declaração ao TSE em setembro do ano passado, o ex-presidente, por meio de sua equipe de advogados, negou qualquer irregularidade eleitoral durante os eventos de 7 de setembro.

Segundo o vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet Branco, houve uma apropriação de setores da estrutura administrativa, resultando na deturpação de atos oficiais. Gonet afirmou: "A conduta demonstrou ser capaz de mobilizar uma considerável massa de eleitores a menos de um mês das urnas. As multidões em Brasília e no Rio de Janeiro que participaram dos atos, bem como aqueles que tiveram conhecimento deles, testemunham a notável magnitude das repercussões desse comportamento, contribuindo para a gravidade dos fatos".

Para Gonet, a influência desses atos na integridade do pleito é incontestável, resultando em favorecimento à candidatura dos investigados. "Não há evidências da participação do candidato a Vice-Presidente Walter Braga Neto nos fatos alegados, nem de sua concordância com eles. Portanto, o investigado não pode ser sujeito à pena de inelegibilidade por abuso de poder político. Por outro lado, o primeiro investigado (Bolsonaro) preenche todos os requisitos para a aplicação da pena de inelegibilidade, conforme o entendimento das petições iniciais", enfatizou o procurador.

Em outra audiência agendada para a próxima terça-feira (17), o TSE irá novamente julgar Bolsonaro e Braga Netto em ações que questionam o uso da estrutura do Palácio da Alvorada para a realização de transmissões ao vivo em redes sociais e promoção de eventos de campanha nas eleições anteriores. Uma terceira ação está em pauta, na qual se questionam encontros com governadores e cantores sertanejos no Palácio da Alvorada.

A defesa de Bolsonaro, representada pelo advogado Tarcísio Vieira, destacou durante sua argumentação oral a consideração da situação conjunta dos processos como "anômala". "Além disso, dois desses processos não estavam devidamente amadurecidos para julgamento", alegou. O advogado também ressaltou a ausência de simbolismo evidente nas transmissões ao vivo. "Nenhum símbolo ou bandeira foi exibido. Não houve viés eleitoral, conforme proíbe a lei. Não foi apresentada nenhuma evidência. Trata-se de um processo destituído de substância", afirmou.

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