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Ministério Público Federal instaura inquérito para apurar atendimento do INSS a pessoas com autismo

Órgão recebeu representação denunciando que INSS invalida laudos com mais de três meses de emissão

Por Da Redação
Ás

Ministério Público Federal instaura inquérito para apurar atendimento do INSS a pessoas com autismo

O Ministério Público Federal (MPF) vai apurar, por meio de inquérito civil, a representação feita por parlamentar estadual dando conta de que a representação do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) no Acre não aceita laudos de pessoas com autismo com data superior a 90 dias de emissão.

Segundo o representante, no momento do requerimento administrativo para concessão do benefício de prestação continuada - BPC/Loas, o INSS impõe aos pretensos beneficiários que apresentem laudos/atestados, com emissão não superior a 90 dias, o que inviabiliza e dificulta o pedido, sobretudo pelos atrasos injustificados e desarrazoados e tendo em vista que o transtorno tem natureza permanente.

No Acre, a Lei estadual 3.722, de 2021, estabelece como indeterminado o prazo de validade para laudo médico emitido pelo médico assistente para fins periciais, a exemplo de outros estados da Federação, como Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal. 

O responsável pelo inquérito, procurador regional dos Direitos do Cidadão, Lucas Costa Almeida Dias, afirma que a atuação pretende verificar e corrigir, se for o caso, a regularidade do atendimento em todo o Brasil.

O MPF irá pedir explicações ao INSS sobre os fatos, e após colhidas as informações necessárias, tomará as medidas cabíveis para garantir a tutela dos direitos violados na questão, o que tem causado prejuízos evidentes às pessoas com autismo e suas famílias.

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