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Ministério Público Federal investiga volta do garimpo ilegal na Amazônia

Ação acontece no Rio Madeira

Por Da Redação
Ás

Ministério Público Federal investiga volta do garimpo ilegal na Amazônia

Foto: Anderson Riedel/PR

Ministério Público Federal (MPF) do Amazonas abriu um procedimento para investigar as balsas usadas pelo garimpo de ouro ilegal que voltaram a atuar no Rio Madeira, no Amazonas. O retorno das atividades irregulares aconteceu oito meses após a megaoperação da Polícia Federal que destruiu e confiscou 130 embarcações do tipo, em novembro do ano passado. 

A informação é do Greenpeace, que diz ter rastreado a presença de pelo menos 20 delas no local. 

"Estão em processo de reorganização. Estão espalhadas. Onde tem ouro, tem fofoca. É um processo natural nessa época do ano. Estamos tentando monitorar por imagem de satélite", disse Danicley de Aguiar, porta-voz de Amazônia do Greenpeace.

A temporada de seca amazônica, como ocorre agora, possibilitada os veículos flutuantes encontrarem mais facilidade para acessar os leitos dos rios.

"Pelo exposto, visando apurar possível crime ambiental de competência federal, determino ao núcleo de tutela coletiva, com a urgência que o caso requer, a autuação em notícia de fato com livre distribuição entre os ofícios ambientais da PR-AM diz o ofício do procurador Henrique Lopes no qual instaura o processo de investigação.

Em novembro 2021, mais de 300 balsas de garimpo formaram uma espécie de "cidade flutuante" no Rio Madeira. Com a repercussão internacional, a região foi alvo de uma ação conjunta entre a Polícia Federal e o Ibama que confiscaram e destruíram 130 embarcações. 

O Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, também voltou a registrar a presença de garimpos ilegais. A região, de comunidades de indígenas isolados, ganhou visibilidade após a morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips, em junho. 
 

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