Ministra do STJ que afastou o governador Paulo Dantas nega razões políticas
Laurita Vaz alegou que "pessoas inescrupulosas" querem transformar a decisão judicial em embates políticos
Foto: Reprodução/ Superior Tribunal de Justiça
Após ser acusada de afastar o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), por razões políticas, a ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou as acusações de parcialidade na condução do caso. Segundo a ministra, “pessoas inescrupulosas”, mesmo sem terem acesso aos autos, tentaram ganhar holofotes “com o intuito de transformar uma decisão judicial em palco para embates políticos”.
O candidato à reeleição Paulo Dantas é alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga suposto esquema de "rachadinhas" na Assembleia Legislativa de Aalagoas, que teria desviado cerca de R$ 54 milhões. Ele foi afastado do cargo na última terça-feira (11). Dantas liderou o primeiro turno das eleições com 46,6% dos votos contra 26,7% de Rodrigo Cunha (União Brasil), candidato apoiado por Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi um dos aliados do governador de Alagoas que acusou Laurita Vaz de parcialidade na condução do caso. Segundo ele, a acusação contra Paulo Dantas foi parar no STJ por "armação" de Lira e perambulou até cair nas mãos da "ministra bolsonarista". Renan anunciou que, junto ao senador Randolfe Rodrigues, entraria com uma ação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a ordem de afastamento emitida por Laurita Vaz.