Ministro da Educação vai depor no Senado na primeira semana de maio
As investigações são referentes ao suposto favorecimento a pastores na liberação de recursos do MEC
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O presidente da Comissão de Educação do Senado, senador Marcelo Castro (MDB-PI) afirmou, nesta terça-feira (12), que quer ouvir os diretores do Ministério da Educação (MEC) , nos dias 26 e 28 de abril e o atual ministro da Educação, Victor Godoy Vieira, na primeira semana de maio.
O presidente da comissão disse que as datas 3 ou 5 de maio estão "praticamente acertadas", só dependendo da concordância de outros senadores do colegiado.
Godoy assumiu a pasta após a saída do então ministro da Educação Milton Ribeiro em meio aos escândalos de suposto favorecimento a pastores na liberação de recursos do MEC a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele era secretário-executivo do órgão e é servidor público efetivo oriundo dos quadros da Controladoria-Geral da União (CGU).
Há duas semanas, o jornal O Estado de S. Paulo revelou a existência de um “gabinete paralelo” no MEC tocado pelos pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura, que não possuem cargo oficial na pasta. Segundo a reportagem, os pastores teriam cobrado vantagens ilícitas de prefeitos para facilitar a liberação de verbas no âmbito do FNDE, fundo ligado ao MEC.
Segundo os prefeitos ouvidos de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga; de Boa Esperança do Sul (SP), José Manoel de Souza; e de Bonfinópolis (GO); Kelton Pinheiro, os religiosos pediam depósitos na conta de uma igreja, em valores entre R$ 15 mil e 40 mil, além de ouro.
Nesta terça-feira (12), a Comissão de Educação do Senado aprovou requerimentos para que outras oito pessoas sejam ouvidas sobre o caso. Na lista estão dois diretores do FNDE, o de Ações Educacionais, Garigham Amarante Pinto; e o de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais, Gabriel Vilar.