Política

Ministro da Fazenda alerta para risco do Mercosul devido a eleições na Argentina

Fernando Haddad (PT) destaca que possível vitória de candidato de extrema-direita pode afetar o Mercosul

Por Da Redação
Ás

Ministro da Fazenda alerta para risco do Mercosul devido a eleições na Argentina

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), expressou preocupação na segunda-feira (25), em relação ao futuro do Mercosul, atribuindo riscos ao bloco devido às chances de vitória do candidato da extrema-direita, Javier Milei, nas eleições na Argentina. Haddad ressaltou que "não se sabe o alcance da narrativa do candidato que lidera as pesquisas na Argentina". 

De acordo com Haddad, a assinatura de um acordo entre o Mercosul e a União Europeia neste momento poderia servir como um antídoto para neutralizar possíveis impactos da eleição do presidenciável argentino.

"O acordo com a União Europeia agora seria um antídoto contra medidas que pudessem desorganizar a região. A própria Europa está com dificuldade de enxergar o futuro com o que ocorreu nos últimos anos, sobretudo no último ano, sem uma parceria com a América do Sul", afirmou o ministro.

As declarações foram feitas durante o 18º Fórum de Economia da FGV, realizado em São Paulo. Haddad também mencionou a possibilidade de firmar um acordo entre o Mercosul e a União Europeia ainda este ano, apesar das resistências, especialmente por parte da França.

Ele enfatizou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atualmente preside o Mercosul, está pessoalmente empenhado em alcançar esse acordo com o bloco europeu.

"Há a possibilidade de firmar o acordo com a União Europeia ainda este ano. O presidente Lula está pessoalmente empenhado nessa tarefa de firmar o acordo. Há resistência na Europa, principalmente da França, em relação à abertura do mercado europeu a produtos brasileiros. Mas não temos muitas opções sem esse acordo."

Além disso, o ministro da Fazenda destacou a importância de um acordo com os Estados Unidos, afirmando que seria o coroamento de uma política multilateral essencial nas relações internacionais, alinhada com a visão do presidente Lula.

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