Economia

Ministro da Previdência afirma que a fila do INSS "nunca vai acabar"

Segundo Lupi, a meta é reduzir o tempo de espera para análise de benefícios a 30 dias

Por Da Redação
Ás

Ministro da Previdência afirma que a fila do INSS "nunca vai acabar"

Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, declarou nesta quarta-feira (3) que a fila de espera por análise de pedidos de benefícios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) "nunca vai acabar". A meta estabelecida para 2024 é reduzir o tempo de espera para 30 dias. Atualmente, o período médio de espera é de 49 dias.

Durante a cerimônia de abertura do curso de formação dos aprovados no último concurso do INSS, em Brasília, Lupi afirmou: "Eu quero, nesse ano de 2024, chegar à data de 30 dias de espera para conclusão do benefício. O que quer dizer? Que no próprio mês que a pessoa dê entrada, conclua o processo."

No entanto, o ministro ressaltou a impossibilidade de eliminar totalmente a fila devido à entrada constante de novos pedidos. Ele enfatizou que, mensalmente, aproximadamente 900 mil a 1 milhão de novos pedidos são registrados.

Quando assumiu o cargo no início de 2023, Lupi havia prometido zerar a fila até o final do mesmo ano. Essa meta não foi alcançada, mas o ministro afirmou que reduziu o tempo médio de espera de 80 a 100 dias para 49 dias até o final de 2023.

Em resposta às críticas sobre a promessa não cumprida, Lupi destacou que nunca afirmou literalmente que zeraria a fila, mas sim que buscaria atender ao prazo legal de 45 dias. O ministro ressaltou que o desafio futuro será "humanizar" o atendimento do INSS.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também havia prometido, em seu discurso de posse, acabar com a "vergonhosa fila do INSS". Contudo, Lupi afirmou em abril de 2023 que não havia recursos suficientes para eliminar totalmente a fila. O governo então criou o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS), convertido em lei em novembro após aprovação pelo Congresso.

Em setembro de 2023, dados do INSS indicavam que 1,5 milhão de pessoas aguardavam atendimento para concessão de benefícios.

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