Ministro da Saúde diz à Doria que judicialização não é melhor caminho
Governo de SP acusou a pasta de ter repassado metade das doses da vacina da Pfizer sem justificativa
Foto: Agência Brasil
Em resposta ao governador de São Paulo, João Doria, que acusou o governo de ter repassado metade das doses da vacina da Pfizer sem justificativa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que “judicialização é direito de todos”, mas não entende ser o melhor caminho. Na última quarta-feira (4), o ministro já havia dito que “São Paulo está sempre reclamando”.
Em conversa com a imprensa, nesta quinta-feira (5), Queiroga repetiu que todas as decisões são tomadas pela tripartite, ou seja, nas reuniões com o Ministério da Saúde e os secretários de saúde estaduais e municipais. “Não é o ministro que distribui doses de maneira discricionária. As pessoas não têm noção exata do funcionamento do PNI e da sua organização tripartite”, comentou.
Além disso, ele explicou que o Plano Nacional de Imunização (PNI) compreendeu que, como o Instituto Butantan enviou mais doses da CoronaVac para o estado de São Paulo, em uma combinação entre eles, era possível fazer uma compensação e mandar menos doses da próxima remessa.
Conflito
Na quarta-feira (4), João Doria acusou a pasta de ter repassado metade das doses da vacina da Pfizer sem justificativa, o que chamou de vergonha. O governador disse que o estado não iria aceitar “boicotes do governo federal” e tomaria medidas. Hoje, voltou ao assunto dizendo que acionou a Procuradoria-Geral do estado.