Ministro do STF interrompe julgamento de caciques do MDB no Senado
Início da analise do caso ocorreu na última semana
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do chamado "Quadrilhão do MDB" no Senado, que pode tornar réus velhos caciques do partido que são acusados de receber R$ 864 milhões em propinas de contratos com a Petrobras entre 2004 e 2012, foi interrompido sem data para ser retomado. O caso começou a ser analisado na última sexta-feira (12), no plenário virtual da Corte. No entanto, um pedido de destaque do ministro Dias Toffoli vai levar a análise para sessão por videoconferência.
Antes da interrupção, apenas o ministro Edson Fachin, relator do caso, havia votado pelo recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho, os ex-senadores Edison Lobão, Romero Jucá e Valdir Raupp e o ex-presidente da Transpetro e delator, Sérgio Machado, deixando de fora apenas o ex-senador José Sarney.
“Em sincronia com as revelações dos colaboradores, advém suficiente conjunto probatório e indiciário dos autos que dão lastro à acusação de que os aqui denunciados integrariam o núcleo político de grupo criminoso influente, devidamente estruturado para o alcance de objetivos espúrios, vale dizer: arrecadação de benefícios financeiros indevidos, por intermédio da utilização de órgãos e entidades da Administração Pública”, diz um trecho do voto.