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Ministro do STJ manda PGR avaliar apreensão do passaporte de Robinho

Entidade de defesa dos direitos das mulheres pediu medida para garantir cumprimento de pena de 9 anos de prisão

Por Da Redação
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Ministro do STJ manda PGR avaliar apreensão do passaporte de Robinho

Foto: Reprodução

O ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou nesta quinta-feira (23) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre um pedido de apreensão do passaporte do jogador Robinho.

O pedido para a retenção do documento foi feito pela entidade União Brasileira de Mulheres. Segundo o grupo, a medida é essencial para garantir o cumprimento da pena de 9 anos à qual o jogador foi condenado, por um crime de estupro, cometido na Itália. Na nova decisão, o ministro determinou que a PGR avalie se há elementos que justifiquem a apreensão do passaporte.

A entidade alega que a medida é necessária "para assegurar o objeto do presente processo e aplicação da lei brasileira, em vista do risco de frustração do cumprimento da decisão com a saída do Requerido do território nacional".

Processo no STJ

No mês passado, o governo italiano pediu ao STJ a homologação da pena proferida pela Justiça do país. Com isso, Robinho poderia cumprir a sanção no Brasil. Antes o país europeu já tinha pedido a extradição do jogador, para cumprimento da pena na Itália, mas a solicitação foi negada pelo governo brasileiro, que não entrega brasileiros natos a outros países.

A presidente do STJ, Maria Thereza de Moura Assis, aceitou o processamento do pedido italiano. No entanto, rejeitou a solicitação da União Brasileira de Mulheres para fazer parte do processo, como amigo da Corte. Consequentemente, também rejeitou o bloqueio do passaporte.

Em seguida, no entanto, o pedido do governo italiano passou para a relatoria do ministro Francisco Falcão, que liberou a participação da entidade na ação. Com isso, o grupo pode fornecer subsídios para a análise do processo pelo tribunal, além de apresentar pedidos.

Na terça, o ministro do STJ deu prazo de 15 dias para que a defesa do jogador Robinho apresente contestação ao pedido do governo da Itália para o cumprimento da pena.

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