Ministro Fachin vota contra denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo Gleisi Hoffmann e outros acusados
Fachin apontou falta de provas e argumentou contra a denúncia
Foto: Carlos Moura/STF
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou rejeitando uma denúncia que envolve a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, em acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O voto do magistrado também se estendeu aos demais denunciados na ação: o ex-ministro Paulo Bernardo Silva e os empresários Marcelo Odebrecht e Leones Dall’agnol.
A deliberação está ocorrendo em sessão virtual que começou na sexta-feira (10) e se estende até 20 de novembro. Neste formato, não há espaço para debates, e os ministros apresentam seus votos por meio de um sistema eletrônico.
A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2018. Fachin é o relator do inquérito, que diz respeito a supostas propinas pagas pela Odebrecht a políticos do PT para favorecer a empresa por meio de linhas de crédito do BNDES, durante o mandato de Gleisi Hoffmann como senadora.
Voto
No voto, Fachin destacou a ausência de provas suficientes para confirmar as acusações. Ele mencionou a insuficiência dos elementos apresentados para sustentar a denúncia, enfatizando a falta de provas concretas relacionadas à materialidade e autoria dos delitos.
Em relação à acusação contra Gleisi Hoffmann, o ministro afirmou que a PGR não conseguiu evidenciar que a deputada adotou métodos dissimulados para mascarar a origem dos fundos recebidos.
Fachin também pontuou a falta de ligação comprovada entre o suposto pedido e recebimento de propina e a suposta influência da congressista no favorecimento da empresa. Ao discutir a conduta imputada a Marcelo Odebrecht, Fachin apoiou o argumento da defesa de que ele já havia sido processado em casos anteriores relacionados às práticas denunciadas pela PGR.