Ministro pede mais ajuda financeira internacional para ações do meio ambiente
Joaquim Leite afirma que proposta de US$ 100 bilhões anuais não é suficiente

Foto: Reprodução/MMA
Durante um evento em Glasgow, na Escócia, nesta terça-feira (09), o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, pediu ainda mais ajuda internacional para financiar as ações de preservação da natureza e afirmou que a proposta dos países ricos ajudarem as nações em desenvolvimento com US$ 100 bilhões anuais não é suficiente.
De acordo com o ministro brasileiro, existe uma urgência na transformação do atual modo de produção e o dinheiro que seria destinado às ações de preservação ambiental e de enfrentamento às mudanças climáticas se tornou insuficiente.
“Acho que o desafio global é uma transição responsável na direção da neutralidade de carbono, de forma rápida, mas responsável. O que significa isto? Que nós precisaremos de mais recursos do que os US$ 100 bilhões anuais”, disse.
Joaquim Leite participou, nesta terça-feira (09), de um evento do pavilhão brasileiro na Conferência Sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (COP26).
“O papel do Brasil [na COP26] é tentar buscar um consenso multilateral para que a gente rume de uma forma justa para uma economia mais verde. O grande desafio é o financiamento, o incentivo [financeiro]. O desafio não é punir, proibir ou parar [o desenvolvimento econômico]. É acelerarmos na direção de uma nova economia verde. E como eu faço isto? Incentivando. Com inovação”, afirmou, defendendo que o valor financiado por meio da Frente Verde, atualmente, não é suficiente, já que um estudo da Boston Consulting Group (BCG) mostra que o mundo deve investir US$ 150 trilhões nos próximos 30 anos a fim de cumprir as metas do Acordo do Clima em Paris, feito em 2015, para conter o aquecimento global.