Mísseis norte-coreanos são financiados por roubo de criptomoedas, diz ONU
Os ataques utilizavam técnicas como “phishing, explorações de código, malware e engenharia social avançada"
Foto: Pexels / Pixabay
Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), revelou que ataques cibernéticos causados por Pyongyang resultaram no roubo de milhões de dólares em criptomoedas para financiamento dos programas de mísseis do país.
Segundo investigadores, durante os anos de 2020 e 2021, os ciberataques norte-americanos, que atingiram pelo menos três câmbios de criptomoedas na América do Norte, Europa e Ásia, geraram um lucro de US$ 50 milhões em ativos digitais, que tem um importante papel de fonte nas receitas para o programa nuclear. As informações são da Agência Brasil.
O relatório também cita um estudo realizado pela empresa Chainalasy, no mês de janeiro, que sugeriu que os ataques realizados podem ter gerado aos cofres norte-americanos, uma quantia de até US$ 400 milhões em ativos digitais durante o ano de 2021.
De acordo com informações do estudo, os ataques utilizavam técnicas como “phishing, explorações de código, malware e engenharia social avançada para desviar fundos das carteiras quentes, ligadas à internet dessas organizações, transferindo-os para endereços controlados pela Coreia do Norte”.
A Coreia do Norte está impedida desde o ano de 2006, pelo Conselho de Segurança da ONU, de realizar testes nucleares e lançar mísseis balísticos. Entretanto, no ano de 2019, as Nações Unidas concluíram que o país tinha reunido a quantia de US$ 2 bilhões para os programas nucleares e de mísseis com recurso a ataques cibernéticos avançados.
Segundo os Estado Unidos, só no mês passado, a Coreia do Norte efetuou pelo menos nove testes com mísseis. Washington anunciou no domingo (6), que um representante especial dos EUA estará reunido com autoridades japonesas e sul-coreanas no fim de semana para discutir a situação.