Modificações feitas pelo homem ameaçam a ilha de Marajó
Com vazões mais fracas na foz, o mar pode avançar sobre o leito do rio, salinizando inclusive as águas subterrâneas
Foto: Afuá - ilha de Marajó (PA)/prefeitura de Afuá
As modificações feitas pelo homem na bacia amazônica podem estar mudando de maneira perigosa a ilha fluviomarinha do mundo, em Marajó, no Pará, que é banhada em parte pelo mar e em parte por águas doces.
Quando a água de um rio é retirada em excesso ou represada em vários pontos por barragens, como as de hidrelétricas, ela chega em menor quantidade ao oceano. Com vazões mais fracas na foz, o mar pode avançar sobre o leito do rio, salinizando inclusive as águas subterrâneas, e as mudanças climáticas agravam o problema por alterar regimes de seca e de cheia.
A ilha do Marajó abriga 12 municípios, e Afuá tem se destacado como cidade turística. Com quase 40 mil habitantes, o município foi criado de maneira única sobre estruturas de palafitas completamente adaptadas aos regimes de cheia e seca.