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Moradia adequada para toda a população mundial poderia salvar 730 mil vidas anualmente, diz relatório

Estudo aponta também que melhora na qualidade de moradia traria impactos econômicos e educacionais positivos

Por Da Redação
Ás

Moradia adequada para toda a população mundial poderia salvar 730 mil vidas anualmente, diz relatório

Foto: Agência brasil

Um relatório apresentado pelo Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (IIED) aponta que a concessão de moradia adequada para toda a população mundial poderia aumentar a expectativa de vida em 2,4 anos e evitar 730 mil mortes todos os anos. Além disso, a melhora na qualidade de moradia traria impactos econômicos e educacionais significativos, segundo o estudo intitulado "Melhorando a habitação em assentamentos informais: avaliando os impactos no desenvolvimento humano". 

O documento destaca que o número de pessoas salvas anualmente seria suficiente para encher 15 dos maiores estádios que sediam jogos do Campeonato Inglês. Em termos nacionais, o acesso equitativo à moradia adequada em assentamentos informais poderia gerar um impacto direto de até 10,5% no crescimento econômico. 

O relatório ressalta que o aumento resultante no padrão de vida dos moradores de favelas provavelmente excederia o custo de urbanização de favelas em muitos países. Em relação à educação, o estudo projeta que moradias adequadas em assentamentos informais aumentariam em até 28% o total de anos de escolaridade. A análise mundial indica que até 41,6 milhões a mais de crianças e jovens poderiam se matricular na educação primária e secundária, o que equivale a 16,1% de todas as crianças e jovens que atualmente não recebem educação formal.

Ao combinar os resultados das três dimensões utilizadas para a elaboração do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) — renda, saúde e educação — o estudo mostra um impacto global positivo no nível de desenvolvimento nos países. "Oferecer acesso a moradia adequada em assentamentos informais pode levar a um salto de até 18 posições no ranking de países do IDH e a uma mudança no nível de desenvolvimento humano de baixo para médio", destaca o relatório. 

De acordo com cálculos da pesquisa, com habitações satisfatórias para toda a população, o Brasil subiria 14 posições no ranking do IDH, saindo da posição 87ª para a 73ª no ranking de Desenvolvimento Humano.

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