Moradores da periferia consomem mais ultraprocessados e tem dieta menos saudável, aponta estudo
Principal motivo para isso seria a falta de informação sobre a importância de uma alimentação saudável
Foto: Agência Brasil
Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais apontou que moradores de periferias tendem a consumir uma maior quantidade de alimentos ultraprocessados do que pessoas que não residem nessas localidades. Segundo a pesquisa, o principal motivo para isso seria a falta de informação sobre a importância de uma alimentação saudável, além da baixa disponibilidade de opções nutritivas a preços acessíveis.
Os resultados evidenciam ainda que a falta de acesso físico e financeiro a alimentos saudáveis contribui para escolhas alimentares ruins em comunidades periféricas. Outro ponto destacado é a escassez de tempo para a preparação de refeições, além da falta de conhecimento sobre nutrição equilibrada.
A pandemia de COVID-19 intensificou este cenário, de acordo com Luana Lara Rocha, doutoranda em saúde pública pela UFMG e porta-voz do estudo. Para ela, o momento difícil fez com que os alimentos ultraprocessados ficassem mais baratos e acessíveis, sobretudo para a população mais carente. Por outro lado, esses produtos possuem baixo valor nutritivo e contribuem para uma dieta pobre em e menos saudável.
Por fim, o estudo destaca ainda a importância de políticas públicas e programas que incentivem o acesso a alimentos saudáveis nessas comunidades. Luana ressalta ainda que é essencial entender as particularidades das periferias para desenvolver soluções específicas e integradas que melhorem o ambiente alimentar e promovam uma dieta mais nutritiva e equilibrada.