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Moradores de Itapuã voltam a protestar contra construção de estação de esgoto às margens da Lagoa do Abaeté

Entre as críticas relacionadas à construção, riscos de poluição da lagoa é uma delas

Por Da Redação
Ás

Moradores de Itapuã voltam a protestar contra construção de estação de esgoto às margens da Lagoa do Abaeté

Foto: Farol da Bahia/ Gilberto Jr.

Moradores do bairro de Itapuã, em Salvador, voltaram a protestar contra a construção de uma Estação Elevatória de Esgoto (EEE) às margens da Lagoa do Abaeté na manhã desta sexta-feira (7).  Na frente da Casa da Música, o grupo exibe cartazes pedindo paralisação total das obras e relembram que a Lagoa do Abaeté também é patrimônio cultural da Bahia. 

A construção do EEE teve início em maio, em meio à pandemia de Covid-19, e vem sendo alvo de polemicas devido a falta de placas informativas no local da obra, além do risco de poluição que o equipamento pode oferecer, se concluído, ao meio ambiente.

"A comunidade não foi consultada, não houve audiência pública para dialogar sobre os impactos que isso pode trazer. Trata-se de um local que a comunidade tem um pertencimento ancestral, várias religiões de matriz africana fazem seus rituais aqui. E acima de tudo, percebemos que a lagoa ela revigorou e, de fato, é uma obra criminosa", disse um dos moradores. 

Com o aumento do nível das águas da Lagoa do Abaeté, foi verificado que o local determinado para construção da estação de esgoto ficaria submersa, dentro da lagoa. Com isso, a obra foi transferida para um local com 10 metros de distância, mas foi paralisada judicialmente por causa de uma série de irregularidades que envolvia a SJ Engenharia, empresa contratada para construir a EEE. 

No entanto nessa última segunda-feira (2), os moradores foram novamente surpreendidos com a retomada das obras e a devastação de retroescavadeira às margens da lagoa, o acúmulo de lixo já encontrado, além da fuga de animais silvestres de seu habitat natural. 

"Eles estão entrando com uma retroescavadeira que está destruindo  a fauna e a fora. Durante essa ação, nós também testemunhamos que diversos animais silvestres estavam em fuga do seu habitat. Como cobras, calangos, diversos pássaros. (...) eles alegam que esse equipamento é necessário para atender os bares e restaurantes do parque, mas o parque está abandonado. O nos resta é a natureza", disse o morador que não quis se identificar.

Uma das alternativas de técnicos, que também são contra a construção, é a ligação direta com a rede de esgoto, elevação dos banheiros ou construção de estação ecológica (wetland), que são opções de baixo custo e não iria agredir o meio ambiente, já que a EEE teria 240 metros quadrados e exalaria mal cheiros dos dejetos sólidos e líquidos. 

 

 

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