Moraes afirma ver 'conexão' de caso Jefferson com 8/1 e quer manter ação no STF
Ex-deputado Roberto Jefferson se tornou réu em 2022 na Corte, mas ministros haviam decido remeter ação para primeira instância
Foto: ABr | STF
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, disse estar “evidenciada” a conexão entre os atos de 8 de janeiro e as condutas pelas quais o ex-deputado federal se tornou réu na Corte. O ministro submeteu o tema, nesta terça-feira (9), para análise do plenário uma questão de ordem para discutir a manutenção do processo na Corte.
O caso refere-se a uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e aceita pelo STF em 2022. Roberto Jefferson se tornou réu por incitação ao crime, tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes, calúnia e homofobia.
No mesmo julgamento em que houve o recebimento da denúncia também foi decidido remeter o processo à primeira instância.
Como relator do caso, Moraes declara que as investigações que levaram ao recebimento da denúncia contra o ex-deputado “possuem estreita relação” com as apurações dos inquéritos que miram financiadores, instigadores e executores dos ataques às sedes dos Três Poderes, além das investigações sobre omissão das autoridades nos atos.
Em nota assinada nesta terça-feira (9), a defesa de Roberto Jefferson disse ter recebido com “surpresa” a decisão de Moraes, “considerando, inclusive, que Jefferson encontra-se preso desde antes do segundo turno das eleições de 2022”.
O ex-deputado está internado desde março em um hospital privado do Rio de Janeiro. Antes, o político estava custodiado em Bangu 8, no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Rio de Janeiro.
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