Moraes decreta bloqueio de redes sociais de deputados e confisca passaporte de suposto líder de protestos
Ordens constam do inquérito aberto para investigar suposta "omissão" de Ibaneis Rocha no dia 8
Foto: Reprodução/Redes Sociais
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou, além de prisões e bloqueio de contas em redes sociais - inclusive de parlamentares -, o cancelamento do passaporte do suposto líder dos protestos em Brasília e a coleta de material biológico dos detidos.
As novas ordens constam do inquérito aberto, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para investigar suposta "omissão" do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do ex-secretário da Segurança Pública Anderson Torres, do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fábio Augusto Vieira e do ex-secretário interino da Segurança Pública Fernando de Sousa Oliveira.
Esdras Jonatas dos Santos, "investigado por liderar movimentos antidemocráticos" é o suposto líder dos protestos após Moraes ter recebido a notícia de que ele teria se "evadido do território nacional". O suspeito é o comerciante que obteve, na Justiça de Minas, autorização para voltar a acampar na frente do quartel de Belo Horizonte, desmontado pela prefeitura no início do mês.
Bloqueio de redes sociais
Na última quarta-feira (11), o ministro Alexandre de Moraes também mandou bloquear mais de 34 perfis do Facebook Rumble, Telegram, Tik Tok, Twitter e YouTube. Entre os canais bloqueados estão os dos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e José Medeiros (PL-MT) e dos influenciadores Monark e Bárbara "Te Atualizei".
Segundo o magistrado, a medida era necessária para interromper "eventual propagação dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática".