Moraes derruba sigilo da delação de Mauro Cid e notifica Bolsonaro e outros 33 denunciados pela PGR para apresentação de defesa
Acordo de Cid com a PF servia para investigações da tentativa de golpe de Estado, joias vindas da Arábia Saudita e suposta fraude nos cartões de vacinação
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Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou, na manhã desta quarta-feira (19), o sigilo do acordo de delação premiada, firmado em 2024 pela Polícia Federal (PF) com o tenente-coronel Mauro Cid.
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A partir da decisão, o conteúdo dos depoimentos deve ser tornado público nesta quarta. Moraes determinou ainda um prazo de 15 dias para que os 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na terça-feira (18), apresentem as defesas por escrito.
Cid foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ambos foram denunciados pela PGR por tentativa de golpe de Estado, orquestrado em 2022.
A delação previa que Cid fornecesse detalhes à PF sobre suspeitas de crimes cometidos por ele e por pessoas no entorno ao longo do governo Bolsonaro, em troca de benefícios como a redução da pena.
Estavam em jogo na delação investigações da tentativa de golpe de Estado, das joias vindas da Arábia Saudita e da suposta fraude nos cartões de vacinação.