Moraes determina prazo de 15 dias para PGR avaliar denuncia Bolsonaro por fraude de vacina
Caso seja aceita, esta será a primeira acusação formal contra Jair Bolsonaro desde sua derrota nas eleições
Foto: Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou, nesta terça-feira (19), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronuncie sobre o relatório da Polícia Federal que indiciou Jair Bolsonaro no caso da fraude nos certificados de vacinação. O prazo estabelecido pelo ministro é de 15 dias.
A PGR terá a responsabilidade de analisar o relatório da autoridade policial e decidir sobre possíveis medidas a serem tomadas, como a apresentação de denúncia contra os envolvidos, o arquivamento do procedimento ou a solicitação de novas diligências, caso julgue necessário esclarecer pontos adicionais.
Se a PGR optar por denunciar o ex-presidente, esta será a primeira acusação formal contra Jair Bolsonaro desde sua derrota nas eleições. Além dele, a Polícia Federal também solicitou o indiciamento de outras 16 pessoas, incluindo o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e o deputado federal Gutemberg Reis.
Durante a gestão anterior da PGR, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, manifestou nos autos anteriormente, indicando que naquela ocasião não havia indícios consistentes da participação do ex-capitão no esquema. No entanto, mesmo com essa manifestação, o ministro relator dos inquéritos decidiu pela operação contra Bolsonaro e seus aliados.
Desde dezembro, a gestão de Paulo Gonet na PGR tem se mostrado mais alinhada com o entendimento de Moraes sobre os inquéritos. As buscas autorizadas naquele momento trouxeram novas evidências ao caso, com o ex-capitão sendo diretamente implicado pelos arquivos e pela delação de Cid.