Moraes determina prisão definitiva de Carla Zambelli e pede cassação de mandato como deputada
O ministro do Supremo também solicitou a extradição de Zambelli, que está na Itália

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou, neste sábado (7), o cumprimento de pena imediata da deputada Carla Zambelli (PL-PL), condenada a 10 anos de prisão por invadir os sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
No documento, Moraes solicita a extradição de Zambelli, que está na Itália. Além disso, o ministro mandou notificar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, sobre a perda do mandato da deputada.
Ele argumenta que a deputada saiu do Brasil com "objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, em razão da proximidade do julgamento dos embargos de declaração opostos contra o acórdão condenatório".
Na última quarta-feira (4), Moraes acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a prisão preventiva de Zambelli.
O pedido foi acatado após a deputada anunciar, na terça-feira (3), que deixou o Brasil e está vivendo na Europa. “Eu queria anunciar que estou fora do Brasil. Já faz alguns dias. A princípio, buscando um tratamento médico, é um tratamento que eu já fazia aqui [sem especificar o lugar]. Vou pedir afastamento do cargo”, revelou.
Na quinta-feira (5), o nome da parlamentar foi oficialmente incluído na lista de difusão vermelha, mecanismo internacional que facilita a localização e eventual extradição de foragidos da Justiça.
Ainda na quinta-feira, a Câmara dos Deputados concedeu a Zambelli licença de 127 dias do seu cargo na Casa.
Já na sexta-feira (6), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliou um recurso apresentado pela defesa da parlamentar e decidiu, por unanimidade, manter a condenação de Zambelli.
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