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Política

Moraes manda associação esclarecer arrecadações e gastos de motociata com Bolsonaro

PDT acionou TSE alegando que financiamento do evento pode configurar 'caixa dois'

Por Da Redação
Ás

Moraes manda associação esclarecer arrecadações e gastos de motociata com Bolsonaro

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta quarta-feira (4) que a Associação Mensagem de Esperança, localizada em Campinas (SP), informe e comprove os recursos arrecadados para a realização da motociata que aconteceu no dia 15 de abril, com o presidente Jair Bolsonaro e apoiadores. O ministro quer que a associação esclareça se há algum tipo de vínculo com o presidente.

A decisão veio depois de o PDT acionar o TSE, alegando que "o presidente vem repetidamente realizando atos de campanha, entre eles, motociatas e discursos inflamatórios" para impulsionar a sua tentativa a reeleição este ano, "o que é vedado por legislação eleitoral". A sigla afirma que os eventos com viés eleitorais os quais Bolsonaro participou já somam cinco milhões aos cofres públicos.

De acordo com o partido, a motociata "Acelera para Cristo", que aconteceu no dia 15 de abril, teve venda de ingressos e acesso a uma área restrita, próxima ao presidente. Os organizadores cobraram o valor de R$10 reais para contribuição, que foi pago por apoiadores através de pix. Para o PDT, as arrecadações e gastos desse evento ficarão fora da contabilização oficial da companha, o que configura caixa dois.

Apurações de motociatas de Bolsonaro

Em junho de 2021, a CPI da pandemia pediu que o TCU abrisse uma investigação sobre os gastos da União com os passeios de moto com Bolsonaro e seus eleitores. Meses depois, o ministro do Tribunal de Contas, Raimundo Carneiro, enviou ao TSE a íntegra das apurações a respeitos das motociatas.

A investigação apurou abuso de poder econômico e político, uso indevidos dos meios de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda antecipada. Ao final da CPI, 80 pessoas estavam na lista de indiciamentos, inclusive o presidente Jair Bolsonaro, indiciado por nove crimes.

 

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