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Moraes nega pela 3° vez soltura de mulher que pichou estátua do STF

Na decisão, Moraes afirmou que Débora, que tem 2 filhos menores, apresenta “periculosidade social”

Por Da Redação
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Moraes nega pela 3° vez soltura de mulher que pichou estátua do STF

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, voltou a negar, na última sexta-feira (27), a soltura da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, de 38 anos, acusada de pichar a estátua “A Justiça”, durante a invasão da Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. 

Na decisão, Moraes afirmou que Débora, que tem 2 filhos menores, apresenta “periculosidade social”. Além disso, o ministro do Supremo diz que as condutas atribuídas à cabeleireira são “graves”. 

Esse foi o terceiro pedido de soltura protocolado pela defesa de Débora rejeitado pelo ministro. Ela foi preso em março de 2023 na 8º da Operação Lesa Pátria , que tinha como alvo os participantes dos atos. No entanto, a denúncia só veio no início de julho de 2024.

A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou Débora pelos seguintes crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Em nota, o advogado Hélio Júnior disse que receberam a decisão de Moraes “com profunda indignação”. Disse que a cabeleireira “enfrenta a dor da separação de seus filhos e o peso de um sistema desprovido de empatia”.

Leia a íntegra da nota da defesa de Débora:

“É com profunda indignação que viemos a público denunciar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que negou a soltura de Débora. Esta determinação representa uma grave violação dos direitos humanos e reflete uma clara perseguição política. Pura perversidade! 

Débora não é uma criminosa, mas uma mãe dedicada e uma cabeleireira honesta, sem qualquer antecedentes criminais. Compreender que se trata de uma mulher com “periculosidade” é uma tentativa do sistema de silenciá-la e perpetuar a injustiça. 

Atualmente, Débora enfrenta a dor da separação de a dor da separação de seus filhos e o peso de um sistema desprovido de empatia. Sua prisão afronta o estado democrático de direito e evidencia a perversa relação entre política e justiça.

 Essa decisão que manteve a Débora presa será recorrida e esperamos que a justiça seja reestabelecida”.
 

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