Moraes pede julgamento presencial de acusados pelo assassinato de Marielle Franco
Ministro solicitou ao presidente da Primeira Turma, Flávio Dino, a marcação da sessão

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu, nesta quinta-feira (4), a realização de julgamento presencial do ex-deputado Chiquinho Brazão e dos demais acusados de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
O pedido foi encaminhado ao presidente da Primeira Turma do STF, ministro Flávio Dino, responsável pela pauta do colegiado.
Domingos Inácio Brazão (ex-conselheiro do TCE-RJ), João Francisco Inácio Brazão (ex-parlamentar), Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior (delegado da Polícia Civil), Ronald Paulo Alves (major da Polícia Militar) e Robson Calixto Fonseca (policial militar) são os réus e todos estão presos preventivamente.
Moraes afirmou, no despacho, que foram cumpridas todas as etapas de instrução e as diligências complementares do processo. " A apresentação de alegações finais pela Procuradoria-Geral da República, pelas assistentes de acusação, e por todos os réus, SOLICITO ao Excelentíssimo Presidente da PRIMEIRA TURMA, Ministro FLÁVIO DINO, dias para julgamento presencial da presente ação penal".
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação dos acusados por organização criminosa e homicídio.
A Primeira Turma do STF é composta pelos ministros Flávio Dino (presidente), Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin.
Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão são apontados como mandantes do assassinato, ocorrido em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, o crime está relacionado a disputas envolvendo a atuação de milícias e conflitos fundiários. Eles estão presos preventivamente desde 24 de março deste ano.
Em 2019, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos pelos disparos que mataram Marielle e Anderson. Os dois confessaram o crime e foram condenados a 78 anos e 9 meses de prisão e 59 anos e 8 meses, respectivamente.
Ronnie Lessa firmou delação premiada e apontou Chiquinho Brazão como um dos mandantes. Em depoimento à Polícia Federal, afirmou que Chiquinho e Domingos Brazão teriam oferecido US$ 10 milhões pela execução da vereadora.


