Moraes rebate Aras e garante que PGR foi previamente intimada sobre operação da PF contra empresários
Procurador-Geral da República classificou o procedimento da polícia como "não usual"
Foto: Wilson Dias/Fábio Rodrigues Pozzebom|Agência Brasil
Após o procurador-geral da República, Augusto Aras, dizer que não foi intimado previamente sobre a ação da Polícia Federal contra empresários que defendem golpe de Estado em grupos de mensagens, o ministro Alexandre de Moraes respondeu, negando a afirmação do procurador.
De acordo com Moraes, a PGR foi "intimada pessoalmente" da decisão, com a entrega da deliberação para a Assessoria de Apoio aos Membros da Procuradoria-Geral da República no STF. O gabinete do ministro ainda ressaltou que o procedimento adotado foi "rotineiro, a pedido da própria PGR" e que foi adotada em "inúmeros inquéritos e petições" que tramitam com Moraes.
Aras, no entanto, afirma que tomou conhecimento sobre a petição apenas depois que a operação foi deflagrada, nesta terça-feira (23). O procurador-geral da República classificou o procedimento como "não usual".
Operação da PF
A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira (23), mandados de busca contra empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que defendem, através de aplicativos de mensagens, um golpe de Estado para o caso do ex-presidente Lula (PT) vencer as eleições. Entre os alvos, estavam o dono da Havan, Luciano Hang, André Tissot, do Grupo Serra , Afrânio Barreira, do Coco Bambu e outros. A operação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.