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Morares diz que houve “lavagem cerebral” na população para desacreditar na democracia

A declaração de Moraes foi feita durante a abertura do evento do TSE

Por Da Redação
Ás

Morares diz que houve “lavagem cerebral” na população para desacreditar na democracia

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ressaltou nesta quarta-feira (16),  a presença de uma influência prejudicial que tem minado a confiança da população nas instituições e na democracia. Ele classificou esse processo como uma "verdadeira lavagem cerebral" que vem desacreditando pilares fundamentais do sistema democrático.

Segundo o ministro, uma crescente onda de populismo de extrema-direita tem desafiado a democracia internamente, muitas vezes utilizando plataformas de redes sociais e formando o que ele chamou de "milícias digitais".

Esse populismo, de acordo com Moraes, se baseia em um discurso que questiona a integridade dos processos democráticos, especialmente as eleições, propagando a ideia de que esses instrumentos estariam sujeitos a fraudes. Essa narrativa, por sua vez, estabelece a suposição de que qualquer resultado não favorável implicaria em uma fraude, colocando em risco a própria democracia. Ele destacou que isso abre espaço para figuras populistas que se autodenominam "salvadores da pátria" como supostas soluções para essas ameaças.

Moraes fez essas observações durante a abertura do evento intitulado "Democracia defensiva: experiência da Alemanha e do Brasil", um seminário realizado no TSE que conta com a presença do ministro do Tribunal Constitucional Federal alemão, Josef Christ. Essa conferência, fruto de uma parceria entre o TSE, a Embaixada da Alemanha, o Fórum Jurídico Brasil-Alemanha e o Fórum de Democracia Europa-Brasil, tem como foco explorar estratégias para defender e fortalecer a democracia.

Moraes salientou que os desafios enfrentados atualmente para minar a democracia são distintos daqueles do século 20, especialmente nos casos de rupturas históricas como na década de 1960. Ele ressaltou que, independentemente do método de votação utilizado, seja urna eletrônica, voto em papel ou por carta, o principal objetivo é semear a desconfiança, alegando fraudes inexistentes para minar a credibilidade das eleições e, por consequência, da própria democracia.

Diante dessa ameaça, o ministro enfatizou a importância de que as instituições adotem medidas para se protegerem e utilizarem todos os recursos constitucionais disponíveis para assegurar a estabilidade democrática e a continuidade do Estado de Direito. Segundo ele, a reanálise dos mecanismos de defesa da democracia é essencial nesse contexto para garantir a resistência diante das tentativas de enfraquecimento das instituições e da democracia em si.

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