Moro favorece investigado por corrupção em disputa contra Vale
Benjamin Steinmetz já foi investigado por corrupção e lavagem de dinheiro
Foto: Getty Images
O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, favoreceu o empresário israelense Benjamin Steinmetz, em uma disputa para provar que a mineradora Vale sabia dos riscos do contrato de exploração da mina em Simandou, na Guiné, quando fechou o negócio com sua empresa em 2010. Benjamin Steinmetz já foi investigado por corrupção e lavagem de dinheiro em Israel, Suíça, Estados Unidos e na própria Guiné.
Segundo a tese, a Vale teria ocultado do mercado os riscos envolvidos no negócio bilionário, no chamado “Carajás africano”. Steinmetz reuniu um rol de supostas provas na tentativa de provar que a mineradora teria mentido ao tribunal arbitral em Londres, onde conseguiu uma sentença favorável de US$ 2 bilhões contra o israelense.
Na época em que o negócio foi feito, a Vale comprou de Steinmetz 51% da BSG Resources, detentora de concessões e licenças de exploração de minério de ferro de uma das maiores minas inexplorada no mundo, uma transação de US$ 2,5 bilhões. O negócio envolveu um pagamento antecipado de US$ 500 milhões ao israelense.