Moro nega interferência na PF em investigação sobre hackers
Depoimento foi prestada nessa quarta-feira (8)
Foto: Reprodução/Internet
O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, prestou depoimento nesta quarta-feira (8) à Justiça Federal. Por videoconferência, Moro foi interrogado como testemunha no processo da operação Spoofing, que investiga a ação de hackers no vazamento de mensagens entre os procuradores da Operação Lava Jato.
O ex-ministro negou que usou o cargo para interferir nas investigações. Moro foi um dos que tiveram o celular hackeado pelo grupo liderado por Walter Delgatti Neto. O procurador Deltan Dallagnol, da operação Lava Jato, também teve o aparelho invadido.
A investigação apura invasões em números telefônicos de aproximadamente 1.000 autoridades, segundo a Polícia Federal (PF). Parte das conversas foi tema de uma série de reportagens do The Intercept Brasil. Moro também depôs sobre uma possível interferência nas investigações.
Durante o depoimento, Moro disse que nunca imputou crime a Glenn Greenwald, responsável pela publicação das mensagens roubadas da Lava Jato. "Nunca disse que o jornalista tinha cometido um crime”, afirmou. Ele voltou a negar qualquer influência, dizendo que não tinha acesso ao inquérito e apenas acompanhou de longe. “A Polícia Federal realizou seu trabalho de maneira independente“, afirmou.