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Morre aos 113 anos Rose Girone, sobrevivente mais velha do Holocausto

Informação foi divulgada nesta sexta-feira (28), pela Claims Conference, organização que presta apoio aos sobreviventes do Holocausto

Por Da Redação
Ás

Morre aos 113 anos Rose Girone, sobrevivente mais velha do Holocausto

Foto: Reprodução/Claims Conference

A polonesa Rose Girone, considerada a sobrevivente do Holocausto mais velha ainda viva, morreu aos 113 anos, na última segunda-feira (24), em Nova York. A informação foi divulgada nesta sexta (28), pela Claims Conference, organização que faz reivindicações de reparação de vítimas do Holocausto contra a Alemanha.

De acordo com um estudo da organização, Girone era a pessoa mais velha entre cerca de 245 mil pessoas sobreviventes do Holocausto ainda vivas em mais de 90 países. O número de sobreviventes está diminuindo por conta da idade avançada e da saúde frágil dessas pessoas, que possuem idade média de 86 anos.


História da sobrevivente

Girone nasceu em 13 de janeiro de 1912, em Janow, na Polônia. Ela se mudou junto à família para Hamburgo, na Alemanha, quando tinha 6 anos.

Aos 25 anos, no ano de 1937, casou-se com Julius Mannheim, por meio de um casamento arranjado. No momento em que os nazistas chegaram para levar o marido para o campo de concentração de Buchenwald, na Alemanha, ela estava grávida de nove meses e por isso não foi levada com ele.

Após o nascimento da filha Reha, em 1938, Girone conseguiu vistos chineses com parentes em Londres, conseguiu libertar o marido e partiram para Gênova, na Itália. Quando Reha tinha apenas seis meses, a família embarcou em um navio para Xangai, que até então era ocupada pelos japoneses.

Em 1941, refugiados judeus foram confinados em um gueto. Girone, o marido, e a filha foram forçados a viver em um banheiro numa casa, repleto de baratas e percevejos. Eles precisavam enfrentar longas filas para conseguir comida e viviam sob o comando de um oficial japonês cruel que se autodenominava "Rei dos Judeus".

Com o término da guerra, Girone começou a receber cartas da mãe, da avó e de outros parentes nos Estados Unidos. Com a ajuda dos familiares, conseguiram embarcar em um navio para São Francisco em 1947.

Eles chegaram a Nova York em 1947, onde Girone abriu uma loja de tricô com a ajuda da mãe. Após um tempo, ela se divorciou de Manheim e conheceu, em 1968, Jack Girone. Eles se casaram no ano posterior e ele foi seu último marido, que faleceu em 1990.

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