Morre segunda vítima de ovo de páscoa envenenado no MA

Mirian Lira Rocha, 36, mãe de ambos e a quem o ovo foi endereçado, está em estado estável e consciente

Por FolhaPress
Ás

Atualizado
Morre segunda vítima de ovo de páscoa envenenado no MA

Foto: Reprodução | TV Mirante

Morreu, ao meio-dia desta terça-feira (12), a segunda vítima de um ovo de páscoa envenenado em Imperatriz (MA). Conforme boletim médico, Evelyn Fernanda Rocha Silva, 13, teve um choque vascular refratário associado a uma falência múltipla de órgãos.

primeira vítima do caso foi Luís Fernando, 7, irmão de Evelyn, que morreu na quinta-feira (17). Mirian Lira Rocha, 36, mãe de ambos e a quem o ovo foi endereçado, está em estado estável e consciente de acordo com o boletim do Hospital Municipal de Imperatriz. Ela deve receber alta nas próximas 72 horas.

Ainda na quinta-feira, uma mulher de 36 anos foi presa, suspeita de envenenar a família. Conforme a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública), a mulher é ex-namorada do atual companheiro de Mirian. Ela foi capturada por uma equipe da Delegacia Regional de Santa Inês em um ônibus interurbano, na cidade de Santa Inês, onde ela mora.

A pasta informou que a apuração do inquérito segue, tendo sido decretada a prisão preventiva da suspeita. Ela deve responder pelos crimes de homicídio consumado e tentativa de homicídio.

A reportagem não conseguiu falar com a defesa da mulher.

As investigações apontaram que a suspeita reservou estadia em um hotel da cidade apresentando um crachá falso, no qual constava um nome inventado e uma foto sua com disfarce, usando uma peruca de cor preta, segundo a polícia.

Uma troca de mensagens via celular obtida pela Polícia Civil do Maranhão revela que, para fazer o cadastro no hotel, a suspeita disse que era uma mulher trans e que sua nova documentação ainda estava em processo. Por causa disso, ela sugeriu mostrar o crachá da empresa na qual trabalharia. No falso crachá, consta que ela atuaria na área de gastronomia.

A delegada Alanna Lima, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Imperatriz, disse à Folha neste sábado (19) que as mensagens são mais um elemento a corroborar as suspeitas que pesam contra ela.

"Ela usou esse nome [inventado] até na ficha para se hospedar no hotel. Uma forma de dificultar a identificação dela, somada às perucas e aos vários óculos que também foram apreendidos com ela", afirmou a delegada.

O contato com o hotel foi feito em 15 de abril e a estadia se confirmou no dia seguinte. Em 16 de abril, por volta das 19h, um mototáxi entregou o ovo de Páscoa para a família. Depois de consumir o chocolate, um menino de 7 anos morreu. A mãe e a irmã dele estão internadas no Hospital Municipal de Imperatriz.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações iniciais apontam que a mulher teria agido por "ciúme e vingança".

A Polícia Civil disse ter chegado até a suspeita após ouvir testemunhas e familiares das vítimas. Também analisou imagens de câmeras de segurança do estabelecimento comercial onde ela havia comprado o chocolate, em Imperatriz.

Foram apreendidos com a suspeita, além de óculos e perucas, restos de chocolate, remédios e bilhetes de passagens de ônibus.

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