• Home/
  • Notícias/
  • Mundo/
  • Morte de Elizabeth II: saiba qual o papel da família real britânica nos dias atuais
Mundo

Morte de Elizabeth II: saiba qual o papel da família real britânica nos dias atuais

Animar o povo em transmissões televisivas, sorrir e acenar para o público e apoiar causas sociais estão entre as funções dos monarcas

Por Da Redação
Ás

Morte de Elizabeth II: saiba qual o papel da família real britânica nos dias atuais

Foto: Palácio de Buckingham/Divulgação

Após a confirmação da morte da Rainha Elizabeth II, do Reino Unido, nesta quinta-feira (8), o filho mais velho da rainha com o príncipe Philip, rei Charles, assumiu a Corte. A monarquia britânica é uma das poucas que se mantém ativa em pleno século 21. No entanto, não chega nem perto do poder que possuía nos tempos mais antigos.

De acordo com as políticas e leis, o rei reina, mas não governa. Na disputa por poder no início da formação dos Estados nacionais, alguém limitou fronteiras, levantou um castelo e afirmou que aquele seria seu reino. Os tempos mudaram, reis e rainhas foram afastados do comando e, em alguns casos, brutalmente assassinados.

Com o passar do tempo, os monarcas deixaram de ser o Estado. Ou, como afirmou o Harold Wilson da ficção na série "The Crown", "nosso trabalho é acalmar mais crises do que criamos". Animar o povo em transmissões televisivas com mensagens de amor e paz, sorrir e acenar para o público e apoiar causas sociais relevantes são as principais funções da família real britânica nos dias atuais.

A reis e rainhas sobrou o papel de chefe da Igreja Anglicana —- aquela que foi criada por um rei para poder se casar de novo e romper com Igreja de Roma — e à realeza sobrou o papel de apaziguadora de crises e defensora dos fracos e oprimidos.

Papel exercido

A família real britânica coordena e está envolvida com pelo menos 3.000 instituições de caridade. Até anunciar que deixariam de ser "membros sênior" da família real e abririam mão dos privilégios, ao príncipe Harry, por exemplo, cabia a responsabilidade de apoiar programas de reabilitação de veteranos do Exército britânico, como o evento esportivo The Invictus Games, enquanto Meghan Markle colaborava com a Organização das Nações Unidas para incentivar a participação e liderança femininas na política. Cada membro da família real tem uma porção de causas a endossar e apoiar.

Além disso, a família real viajava muito em nome da rainha — agora, será em nome do rei. Em média, o grupo participa de 2.000 eventos pelo mundo, todos os anos. As viagens, no entanto, não são reais missões diplomáticas. Atualmente, as crises resolvidas pela família real não costumam ter tanta relação com a política.

Ao longo do século 20, contudo, o papel da família real era mais ativo porque o mundo precisou se refazer após duas guerras mundiais, ambas resultado de séculos de colonialismo europeu, razão de ser do domínio britânico pelo mundo.

Trabalhos da Rainha

m mais de 60 anos de reinado, a rainha Elizabeth 2ª trabalhou com dezenas de primeiros-ministros. Seu papel em uma monarquia parlamentarista, no entanto, era respeitar os assuntos políticos do país e se manter neutra. Essa regra deve ser seguida por todos os membros da realeza. 

Na teoria, a família real tem direito de votar, mas escolhe não participar das eleições. Entre seus direitos relacionados à política do país, monarcas também podem vetar leis, já que elas dependem de sua aprovação depois de referendadas pelo Parlamento, mas um veto real não acontece desde 1707.

Manutenção de poder

A família real se mantém no poder graças à poderosa imagem que a monarquia construiu sobre a identidade nacional britânica e a estabilidade do país. Eles fazem parte da indústria do turismo na Inglaterra, são como "cartões-postais". 

A rainha era a figura mais popular da família real e mais de 60% dos britânicos apoiam a monarquia, segundo a consultoria Statista. Cada cidadão britânico desembolsa pelo menos 1 libra (R$ 6) por ano para sustentar a família real.

Além disso, a realeza tem propriedades espalhadas por todo o país e a rentabilidade delas vai para o Tesouro — cerca de 15% a 25% é repassada a aristocratas para custear a monarquia. Parte dos críticos à Coroa aponta que esse dinheiro deveria se manter com o Estado, em vez de se destinar à nobreza.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário