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Motivar o ensino em meio às incertezas é desafio em 2022, aponta especialista

Variante Ômicron coloca dúvida sobre retorno às aulas presenciais

Por Da Redação
Ás

Motivar o ensino em meio às incertezas é desafio em 2022, aponta especialista

Foto: Getty Images

O Dia Internacional da Educação, comemorado em 24 de janeiro, chama atenção neste ano para o impacto da pandemia do novo coronavírus no acesso ao conhecimento. Apesar de o avanço da vacinação ter possibilitado a retomada gradual das atividades em todo o Brasil, muitas escolas e universidades optaram por manter o ensino remoto no ano passado. Em 2022, a expectativa é de retorno às atividades presenciais, mas a rápida disseminação da variante Ômicron tem deixado dúvidas sobre o retorno às salas de aula. 

Dessa forma, Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), acredita que, neste momento, o maior desafio é motivar o ensino em mais um ano de incertezas. “Diante de mais um ano de incertezas, fica o desafio de amenizar os impactos da pandemia sobre o ensino, resgatando os alunos que se afastaram, desmotivados pelo formato online, e recuperar o nível de aprendizado”, afirma a especialista.

Dados de um levantamento feito pela organização “Todos Pela Educação”, em parceria com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), mostram que cerca de 244 mil crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos estão fora das escolas desde quando começou a pandemia no Brasil. O estudo registrou um crescimento de 171,1% na evasão escolar em relação a 2019.

“A questão foi percebida principalmente em classes de baixa renda. Crianças e adolescentes ficavam na rua, expostos à violência e à criminalidade. Outra situação preocupante é a falta da merenda escolar, já que muitos não têm essa alimentação em casa e dependem da comida na escola. De fato, a evasão escolar é uma urgência. Daí a importância destes alunos retomarem o seu direito de frequentar a escola”, explica Danielle H. Admoni.

Aulas presenciais e desenvolvimento infantil

Apesar dos medos causados pela pandemia, Stella Azulay, especialista em Análise de Perfil e Neurociência Comportamental e mentora de pais, alerta para a importância das atividades presenciais na escola para o desenvolvimento social, cognitivo e motor das crianças. Segundo ela, a fase escolar é fundamental não apenas no quesito educação, mas envolve também a formação da personalidade, de amizades que podem durar uma vida, além de uma rotina agitada por momentos inestimáveis.

“A brusca interrupção desta rotina escolar, e por tanto tempo, trouxe tristeza, desânimo e saudade, até mesmo das broncas dos professores. A escola é uma das fases mais importantes na vida de qualquer criança e adolescente, e a privação destas experiências traz diversos prejuízos sociais e psicológicos”, afirma Stella.

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