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Motta deve encontrar Alcolumbre para discutir Trump e diz que posição será do 'sentimento da Casa'

Até o momento, tanto Motta quanto Alcolumbre se silenciaram sobre a decisão do presidente dos Estados Unidos

Por FolhaPress
Ás

Motta deve encontrar Alcolumbre para discutir Trump e diz que posição será do 'sentimento da Casa'

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve se reunir nesta quinta-feira (10) com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para discutir o aumento da sobretaxa para 50% sobre produtos importados do Brasil determinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A informação do encontro foi confirmada por interlocutores de Motta. Ao final da reunião de líderes nesta quinta, ele evitou comentar o assunto, e disse que sua posição representará "o sentimento da Casa". O assunto foi tema de discussão no colegiado, a porta fechadas, sem a presença de assessores.

"Estamos conversando. Tenho que ouvir o colegiado", disse.

Questionado se a decisão se Trump seria um ataque à soberania, Motta afirmou: "Minha posição será uma que tenha o sentimento da Casa, ouvindo a todos. Foi um dos temas que debatemos na reunião. Vamos seguir discutindo ao longo do dia".

Até o momento, tanto Motta quanto Alcolumbre se silenciaram sobre a decisão do presidente dos Estados Unidos. Há expectativa de que, após o encontro, haja um posicionamento do Congresso a respeito do tema.

Durante a reunião, o PDT apresentou um requerimento de repúdio ao presidente a Trump. Segundo relatos, não houve consenso em torno da medida.

Parlamentares de esquerda cobraram Motta por um posicionamento do Congresso a respeito da crise, e o presidente da Casa disse que não tem de se manifestar a respeito de tudo, mas informou que conversaria com Alcolumbre sobre o tema.

Lideranças como Talíria Petrone (PSOL-RJ) disseram se tratar de um ataque à soberania e que é preciso fazer uma defesa, inclusive do agronegócio, que sofrerá as consequências econômicas da sobretaxa. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), por sua vez, disse que o Congresso não tem o que fazer, porque seria responsabilidade do Executivo debelar a crise.

Ao final do encontro, o líder do PP, deputado Luizinho (RJ), disse que a classe política precisa se unir para pedir ao presidente dos Estados Unidos que desista da sobretaxa. "Isso não vai prejudicar o governo Lula ou o Supremo. Vai prejudicar o Brasil ", afirmou.

O anúncio de Trump ocorreu por volta de 15h de quarta-feira (9), o que veio seguido de reações de parlamentares, ministros, do governo Lula (PT) e de representantes setores da economia ao longo do dia. As principais lideranças do Congresso Nacional, no entanto, não se pronunciaram.

Motta presidiu o plenário da Câmara nesta quarta. Ele não falou sobre o anúncio durante a sessão nem respondeu a perguntas de jornalistas na saída. Procurado pela reportagem, também se calou.

Alcolumbre, por sua vez, não participou da sessão do Senado, mas estava em Brasília nesta quarta. Ele também foi procurado, mas não quis se manifestar.

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitem reservadamente que há um desgaste para ele e para o seu grupo político com o aumento da sobretaxa para 50% sobre produtos importados do Brasil imposto nesta quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A decisão de Trump faz parte de uma ofensiva para defender Bolsonaro, e a carta do americano cita o ex-presidente diretamente. Há uma avaliação entre os aliados do ex-presidente de que, por ora, o governo Lula (PT) tem conseguindo emplacar o discurso de que o ato fere a soberania do país.

Embora haja incerteza em torno das consequências econômicas e políticas da decisão de Trump, bolsonaristas já buscam blindar o ex-presidente da crise.

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