Mourão afirma que neste momento prometer um corte de 50% no desmatamento da Amazônia é ‘leviandade’
A área desflorestada cresceu 25%

Foto: Agência Brasil
O vice-presidente da República e presidente do Conselho da Amazônia, Hamilton Mourão, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (10) após se reunir com empresários internacionais que debateram o combate ao desmatamento na Amazônia. Ele destacou que é preciso reduzir o desmatamento a níveis que sejam aceitáveis, mas que neste momento não pode garantir um corte de 50% porque seria uma leviandade.
Nos primeiros seis meses do ano, a área desflorestada cresceu 25%, chegando a 3.066 quilômetros quadrados. O governo implementou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem para operar na Amazônia Legal a partir de maio deste ano, renovada até novembro deste ano.
“Temos que reduzir o desmatamento ao mínimo aceitável. Hoje é uma leviandade dizer que vamos cortar em 50% o desmatamento. O dinheiro que poderia ser usado para combater o desmatamento está no enfrentamento da pandemia e para operar sem as forças armadas, é preciso reconstruir as forças de trabalho das agências ambientais”, destacou.
“As Forças armadas dão suporte logístico e se segurança; não vejo no curto prazo como operar sem o apoio das forças armadas”, acrescentou.
Segundo ele, o plano do governo é manter as operações de repressão aos crimes ambientais, realizar ações mais efetivas nas áreas de regularização fundiária e de pagamentos de serviços ambientais.