Mourão afirma ser 'justo' um imposto sobre transações eletrônicas para desonerar folha de pagamento
Segundo ele, imposto poderia financiar o Renda Brasil

Foto: Reprodução/GloboNews
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta sexta-feira (17) que considera “justo” a aplicação de um novo imposto sobre transações eletrônicas a fim de que haja condições de desonerar a folha de pagamento. Segundo Mourão, o imposto também poderia ajudar a financiar o programa Renda Brasil, que deverá substituir o Bolsa Família. As declarações foram em entrevista à Rádio Gaúcha.
A possibilidade de taxar o comércio eletrônico foi mencionada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Na quinta-feira (16), ele afirmou que o governo pretende incluir na reforma tributária, a criação de um imposto de 0,2% sobre transações eletrônicas.
Segundo o ministro, a intenção é ampliar a base de cobrança, ou seja, a variedade de locais onde os impostos incidem. Diante disso, Guedes afirma que seria possível reduzir a cobrança que recai sobre outras bases, como a folha de pagamentos.
Ao ser questionado sobre o tema, Mourão disse que, ao desonerar a folha de pagamento, “haveria uma oportunidade muito maior da criação de empregos formais”. Para o vice-presidente, a possível criação do tributo, nos moldes da antiga CPMF, precisa ter uma compensação clara.
"Eu acho que tem que ficar muito claro e não simplesmente criar um imposto por criar um imposto. Vejo que hoje a discussão está centrada em cima da desoneração. Então eu acho justo”, pontuou.
“Não abrangeria todo tipo de transações. Hoje nós temos uma série de transações eletrônicas que são feitas e que não pagam tributo. Então nós temos que arrumar um jeito de tributar isso daí. Vamos lembrar que o nosso sistema tributário atual tem uma evasão, sonegação, de mais de R$ 400 bilhões. Isso é muito dinheiro", acrescentou.