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Política

Mourão defende Guedes e diz que Brasil sofre pressão de países que não preservam florestas

Ministro disse a estrangeiros que eles 'destruíram' as próprias florestas

Por Da Redação
Ás

Mourão defende Guedes e diz que Brasil sofre pressão de países que não preservam florestas

Foto: Agência Brasil

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta sexta-feira (7), após uma declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que o Brasil sofre pressão de países que "não fizeram o trabalho" de preservação das próprias florestas. Segundo Mourão, a declaração do ministro a estrangeiros sobre o tema "não atrapalha" o diálogo com investidores estrangeiros. Mourão afirmou ainda que as declarações de Guedes “só ajuda”.

Na qinta-feira (6), Guedes participou de uma videoconferência promovida por um instituto de Chicago (EUA). Durante a transmissão, o ministro pediu aos estrangeiros que sejam "gentis" com o Brasil porque eles "destruíram" as próprias florestas."Eu só peço que vocês sejam gentis, pois nós somos muito gentis. Nós entendemos sua preocupação. Tendo vivido tudo o que vocês viveram, vocês querem nos poupar de destruir nossas florestas, como vocês destruíram as de vocês. Vocês querem nos poupar de perseguir índios, nativos. Nós entendemos isso”, disse na ocasião.

Segundo Mourão, que é chefe do o Conselho Nacional da Amazônia Legal, o Brasil sofre pressões oriundas de países que não fizeram o trabalho deles. "Não é questão de que é o jeito mais adequado. É que às vezes a gente sofre determinadas pressões oriundas de países que não fizeram o trabalho deles em outro período da história”, disse Mourão. 

 Ainda segundo  o vice Hamilton Mourão, a exploração da Amazônia deve seguir os "parâmetros atuais" da sociedade. "Haveria aquela corrida do ouro na Califórnia e no Alasca, que ocorreu no século 19, em pleno século 21 com aquelas características? Não haveria. É a mesma coisa que acontece na Amazônia. A exploração da Amazônia tem que se dar dentro dos parâmetros que são da humanidade de hoje, e não de dois séculos atrás", disse.

De acordo com o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, os alertas  de desmatamento na Amazônia aumentaram 34,5% no período de um ano. Os dados comparativos entre julho de 2020 e julho de 2020 mostram redução nos alertas.
 

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