MP apura se houve desvio da Afipe de R$ 120 milhões de doações para comprar casa de praia e fazendas

As investigações nas contas da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), que administra o Santuário Basílica de Trindade, apontou que a instituição  movimentou R$ 2 bilhões. Os promotores do Ministério Público apura se houve desvio de R$ 120 milhões de doações para comprar casa de praia e fazendas.

O padre Robson de Oliveira, que comandava o órgão religioso, pediu afastamento das funções afirmando que não houve crime. Além do lazer, o dinheiro seria usado para a construção da nova Basílica, orçada, com valor de R$ 100 milhões. 

Porém, segundo os promotores, o dinheiro não foi usado apenas em ações ligadas à igreja. “As contas bancárias da Afipe foram usadas para comprar fazendas, residências em condomínio fechado, apartamentos em São Paulo, em Goiânia, fazendas em todo Brasil, mineração. A Afipe, hoje, é uma grande empresa. Ela tem o argumento religioso, mas elas se converteu em uma grande empresa do estado de Goiás, que explora inúmeras atividades, agropecuária, mineração. Ela compra inúmeros imóveis e vende inúmeros imóveis”, disse o promotor Sebastião Marcos Martins.

Em defesa, os advogados do padre Robson negam irregularidades no uso do dinheiro das doações.