MP-BA vai investigar suposto caso de racismo contra Jau
MP vai intimar funcionários
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Foto: Divulgação
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) vai investigar a denúncia de racismo apresentada pelo cantor Jau após ser impedido de entrar no Sette Restaurante, que fica no bairro da Barra, em Salvador.
Em entrevista a rádio Metrópole FM, nesta segunda-feira (6), a promotora Sara Gama, disse que não entendeu os motivos que impediram a entrada do artista no estabelecimento.
“Quando eu vi a vestimenta que ele [Jau] estava, eu não consegui compreender o porquê de ele ter sido barrado naquele estabelecimento. Soube que ele chegou a registrar uma ocorrência e esse inquérito será remetido ao Ministério Público. A partir daí teremos a oportunidade de engaranhar as provas, ver o que é tem ali que ainda não foi colocado nas redes sociais porque Jau fez um vídeo muito curto, somente contando mais ou menos o que aconteceu com ele. Não compreendi a postura do estabelecimento”, afirmou.
O cantor prestou depoimento sobre o caso na 14ª Delegacia, na Barra.
O cantor afirma que ele e sua equipe foram impedidos de entrar no Sette Restaurante e questionou os motivos. "Não era a indumentária, faltava-me talvez olhos azuis e cabelos louros, não os tenho, não culpo quem os têm, não os quero ter, mas preciso da minha liberdade de ir e vir e hoje o restaurante Sette foi preconceituoso comigo e minha equipe não deixando a gente adentrar ao espaço. Não é um lugar democrático, não é um lugar frequentável, é um lugar racista".
Em nota, o restaurante afirmou que há “um código de vestimenta formal, inclusive mostrando placa afixada na porta do estabelecimento”. O Sette disse ainda diz que houve a averiguação das câmeras de segurança e afirma que o acompanhante de Jau estava usando uma bermuda.