MP da Espanha solicita nove anos de prisão para Daniel Alves em caso de agressão sexual
Defesa alega violação de direitos fundamentais e pede anulação do processo
Foto: Reprodução/Instagram
O Ministério Público espanhol pediu, nesta quinta-feira (23), uma sentença de nove anos de prisão para o jogador brasileiro Daniel Alves, acusado de agressão sexual por suposto estupro de uma jovem em dezembro do ano passado em uma discoteca de Barcelona. Além disso, a vítima busca uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 799,2 mil) por danos morais e psicológicos, conforme informações de fontes jurídicas.
O montante de R$ 799 mil refere-se aos supostos danos causados pela ação do brasileiro contra a vítima. O período de reclusão proposto pelo Ministério Público assemelha-se ao que foi ventilado pela imprensa espanhola, variando entre seis a dez anos de pena.
Na semana passada, o Tribunal de Barcelona concluiu as investigações e concedeu um prazo de cinco dias para a apresentação das defesas e acusações. Ambas as partes foram notificadas sobre o processo de julgamento.
A defesa de Daniel Alves, sob a advocacia de Inés Guardiola desde outubro, solicitou a anulação do processo, alegando que vazamentos de informações violaram a presunção de inocência e que a juíza perdeu sua "neutralidade" devido ao "julgamento paralelo" na mídia.
"Quando a divulgação midiática ocorre em larga escala, a contaminação do inquérito judicial torna-se irremediável e irreversível, resultando em uma violação intransponível dos direitos fundamentais do investigado", afirmou o recurso da defesa de Daniel Alves.
Após três pedidos de liberdade provisória negados, o lateral-direito permanecerá detido no Centro Penitenciário Brians 2, próximo a Barcelona, aguardando o desenrolar do julgamento.