MP denuncia seis à Justiça por participação no assassinato do delator do PCC

Três PMs, que já estão presos, e outras três pessoas foragidas são acusadas pelo crime

Por Da Redação
Ás

Atualizado
MP denuncia seis à Justiça por participação no assassinato do delator do PCC

Foto: Reprodução

O Ministério Público (MP) denunciou à Justiça seis acusados de participarem diretamente do homicídio de Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), em 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo

A denúncia foi enviada nesta segunda-feira (17). O MP pediu também a conversão dos mandados de prisões temporárias em preventivas. 

Emílio Gongorra e Diego Amaral são considerados os mandantes do assassinato do delator do PCC. Eles estão foragidos. As investigações da Polícia Civil apontam que Gritzbach foi morto por vingança. 

O cabo Denis Martins e o soldado Ruan Rodrigues são acusados de usarem fuzis para matar Gritzbach. O tenente Fernando Genauro é acusado de ajudar a dupla na execução ao levá-los de carro até o local do crime e depois ajudá-lo a fugir. Todos foram presos.

Já Kauê Amaral, apontado como "olheiro" do grupo, foi acusado de dar informações para os atiradores e monitorar os passos de Gritzbach no aeroporto até que fosse executado, também é procurado. 

Além do homicídio de Gritzbach, todos foram denunciados pelo assassinato de um motorista de aplicativo, vítima de bala perdida, e duas tentativas de homicídio contra duas pessoas feridas por estilhaços dos disparos.

Conforme o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Emílio Gongorra mandou matar Gritzbach para vingar Anselmo Santa Fausta, traficante assassinado numa emboscada em 2021. A morte, um suposto desfalque financeiro e a delação de Gritzbach, levaram Emílio a arquitetar a execução.

Os homens foram indiciados por homicídio quintuplamente qualificado. Entre os agravantes estão motivo torpe, emboscada ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido e emprego de armas de fogo de uso restrito.

A defesa do tenente Genauro, do cabo Denis e do soldado Ruan alega que os policiais são inocentes e não estiveram no aeroporto na data dos fatos. 

Com a conclusão do inquérito, o caso entra em uma nova fase. O DHPP vai apurar agora se PMs que faziam a escolta ilegal de Gritzbach também tiveram envolvimento.  Ao todo, 14 PMs suspeitos de trabalhar como seguranças para o delator já estão presos.

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