MP investiga envolvimento de Queiroz em supostas 'rachadinhas' no gabinete de Carlos Bolsonaro

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) abriu uma investigação para apurar o envolvimento do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Patriota), Fabrício Queiroz, em suposto esquema de 'rachadinhas' no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). 

Queiroz também foi acusado de participar de suposto esquema de desvio de salário de assessores no gabinete de Flávio e chegou a ser preso, em 18 de junho de 2020, após determinação do juiz Flavio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, sob alegação de atrapalhar as investigações do caso. 

De acordo com a CNN, as investigações mostram a existência de um “padrão” na estruturação do suposto esquema de arrecadação de parte dos salários dos funcionários nomeados pelos dois parlamentares, como na nomeação de diversas pessoas da mesma família para cargos comissariados, o uso de dinheiro vivo por operadores financeiros e a realização de transações imobiliárias frequentes e suspeitas.

No entanto, a Justiça do Rio não autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal de Fabrício Queiroz. A CNN aponta que os dados usado para a nova investigação são os mesmos obtidos no processo sobre o gabinete de Flávio Bolsonaro e que foram parte da denúncia feita pelo MP contra o ex-assessor, o senador e outras 15 pessoas por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a tramitação da denúncia segue parada. No entanto, os promotores do caso acreditam que o ex-policial militar também tenha sido "operador financeiro" no suposto esquema que envolve familiares do ex-marido de Márcia de Oliveira Aguiar, atual esposa de Queiroz. O ex-marido dela esteve nomeado no gabinete de Carlos entre 2008 e 2010, depois, o sobrinho assumiu o cargo e atuou até 2011.