MP solicita compartilhamento de provas sobre caso de joias sauditas
Subprocurador busca evidências para apurar envolvimento de terceiros no caso
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O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o compartilhamento das provas obtidas pela Polícia Federal no inquérito das joias sauditas, que tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A manifestação foi assinada pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado, que, na semana passada, pediu ao TCU que determinasse que Bolsonaro devolvesse todos os presentes recebidos durante seu mandato.
Furtado argumentou que as provas seriam relevantes para as investigações em curso no TCU sobre o acervo de presentes recebidos por Bolsonaro e que outras pessoas, além do ex-presidente, poderiam ser responsabilizadas pela venda e recompra de joias, como o alegado caso do relógio Rolex.
O subprocurador enfatizou a importância da colaboração de diferentes órgãos para o sucesso da investigação do TCU. "Solicito que Vossa Excelência promova o compartilhamento de provas julgadas aptas a demonstrar a participação dessas pessoas no ilegal processo de venda/recompra de bens pertencentes ao patrimônio da União, inclusive aquelas decorrentes da quebra de sigilo bancário do ex-presidente e sua esposa nos EUA", afirmou Lucas Rocha Furtado em sua manifestação.
Presentes recebidos por Bolsonaro
Na semana anterior, Furtado apresentou uma representação ao TCU, buscando compelir Bolsonaro a devolver itens recebidos durante seu mandato. O subprocurador listou diversos presentes de alto valor que deveriam ser incorporados ao patrimônio público.
Esses itens incluem desde uma miniatura de capacete de samurai, avaliado em R$ 20 mil, até uma maquete do templo Taj Mahal feita de mármore, estimada em R$ 59 mil. Outros objetos mencionados incluem um quadro revestido em ossos de camelo (R$ 7.000) e um vaso de prata (R$ 16 mil).