MPE recomenda desaprovação das contas da campanha de Zema
Procurador apontou "graves irregularidades e inconsistências" nos números apresentados
Foto: Divulgação/Guilherme Bergamini
O Ministério Público Eleitoral (MPE) recomendou que a Justiça Eleitoral desaprove as contas da campanha à reeleição do governador mineiro Romeu Zema (Novo), ao apontar "graves inconsistências e irregularidades".
O procurador Eduardo Morato Fonseca encaminhou um parecer ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) sobre o balanço apresentado por Zema. Segundo ele, há falhas que comprometem a "transparência e a lisura" das informações prestadas. Os valores questionados pelo MPE somam mais de R$ 2,8 milhões.
Às vésperas da vitória de Zema sobre Alexandre Kalil (PSD), no primeiro turno da corrida ao Governo de MG, funcionários contratados pela Palhares Assessoria protestaram em frente ao comitê de campanha do gestor estadual, reivindicando o pagamento de valores a receber do candidato.
A defesa de Zema alegou que a contratação é alvo de outro processo judicial, que tenta resolver divergências contratuais entre a equipe de Zema e a empresa.
Para o MPE, neste momento, o débito total da campanha de Zema com a Palhares Assessoria é de R$ 470 mil. O procurador defende que, mesmo que a empresa e o Novo travem batalha judicial sobre o contrato, o valor precisa constar na prestação de contas.