MPF conclui que não houve improbidade administrativa por parte de Ibaneis e Torres no 8 de janeiro
Órgão também não encontrou provas de envolvimento de outros agentes públicos nos atos
Foto: Agência Brasília
O Ministério Público Federal (MPF) concluiu que não houve improbidade administrativa nos atos do 8 de janeiro por parte do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e do então secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.
O órgão também não encontrou indícios de participação ou auxílio aos manifestantes por parte de outros agentes públicos. Torres foi demitido do cargo e Ibaneis, que foi afastado do governo logo após o episódio, retornou ao posto no mês de março.
De acordo com o jornalista Guilherme Amado, a tendência é que o MPF arquive o inquérito. Antes disso, o órgão encaminhou solicitação ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para compartilhamento de eventuais provas ainda não obtidas pelo Ministério Público, que possam auxiliar nas apurações.
Além de Torres e Ibaneis, são investigados o chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar, Jorge Eduardo Naime, o atual comandante-geral da PM, Klepter Rosa Gonçalves, o então comandante-geral da PM, coronel Fábio Augusto, e o então secretário adjunto de segurança pública do DF, Fernando de Souza Oliveira.
No caso de Anderson, o MPF considerou plausível a justificativa de que tinha uma viagem marcada para os Estados Unidos com um mês de antecedência e que por isso estava fora do país.
Sobre Ibaneis, o despacho do MPF cita que “houve acompanhamento por parte do governador acerca de toda movimentação ocorrida no referido fim de semana”, agindo para retomar os prédios públicos e para prender os manifestantes em flagrante.