MPF investiga corte de benefício das pessoas que foram atingidas pela tragédia de Mariana
Cerca de 140 pessoas foram alcançadas pelo corte
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) enviou uma solicitação formal nesta sexta-feira (13) à Fundação Renova solicitando informações afim de investigar o motivo dos cortes de auxílio emergencial mensal concedido a algumas das vítimas atingidas pela tragédia de Mariana (MG), que ocorreu em 2015.
Segundo o órgão, cerca de 140 pessoas haviam sido comunicadas por telefone sobre o corte do benefício. Em nota, o MPF afirma que deu 10 dias para que o órgão explicasse se os cortes foram decididos unilateralmente pela Fundação Renova ou se eles foram validados pelo Comitê Interfederativo (CIF), que é composto por órgãos públicos e liderado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Em entrevista para a Agência Brasil, a Fundação Renova revela que o corte só foi concretizado depois de confirmado a inexistência de impacto direto.
Ainda de acordo com o órgão, o benefício havia sido concedido de maneira emergencial, logo após o desastre, com o objetivo de amparar os atingidos rapidamente.
O auxílio emergencial mensal é uma das medidas pactuadas após o rompimento da barragem da Samarco. A tragédia, que levou à morte de 19 pessoas, ocasionou destruição em comunidades e difundiu a poluição em dezenas de municípios na bacia do Rio Doce.