MPF investiga possível caso de racismo religioso envolvendo motorista da Uber em Duque de Caxias (RJ)
Motorista teria se recusado a transportar uma família que vestia trajes litúrgicos do Candomblé

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O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, na última quarta-feira (3), um procedimento para apurar um caso de possível racismo religioso envolvendo um motorista da Uber em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro (RJ). Segundo a denúncia divulgada pela imprensa, o motorista teria se recusado a transportar uma família que vestia trajes litúrgicos do Candomblé no último fim de semana.
Os procuradores regionais dos Direitos do Cidadão, Jaime Mitropoulos, Julio Araujo e Aline Caixeta, responsáveis pelo caso, ressaltaram a importância de fiscalizar e acompanhar os serviços de transporte para evitar tratamentos discriminatórios aos usuários. Eles lembraram que a liberdade de consciência e de crença são elementos fundamentais da dignidade humana e da liberdade religiosa, protegidos pela Constituição Federal.
O MPF pediu que a Uber preste informações sobre a situação e as medidas preventivas adotadas para evitar o racismo religioso. Além disso, o procedimento também envolve a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que foi solicitada a informar sobre a possibilidade de instauração de inquérito policial e eventuais diligências que possam auxiliar na apuração dos fatos. Medidas reparatórias também poderão ser vislumbradas, devido aos danos morais coletivos provocados pelo suposto ato discriminatório.